segunda-feira, 22 de julho de 2013

Lobo, não... Leoa !!

   
Descanso


    A artista plástica Georgia Lobo precisava voar. Nao sabia como. Desde cedo, com educação ríspida, aulas de piano clássico com objetivo de seguir carreira, traçada pela família, Georgia era muito maior do que aquele universo cartesiano. Sentia-se presa, sabia que tinha algo para desenvolver, mas o que? Precisava voar, era um pássaro engaiolado, sabia que tinha algo maior dentro de si.

     Até a juventude este sentimento permeou a história de Georgia, que foi estudar Desenho Industrial na PUC, mas com o intuito de fazer concurso público. Até o momento em que não aguentou mais, como qualquer artista de verdade e resolveu mudar o rumo das coisas e partir, sair da gaiola pra ver o que vinha pra ela, ou o que tinha pra dar.

     Foi quando metaforicamente começou a voar pela Varig... Em dez anos de empresa, ela sabia que aquele ainda não era o seu lugar e teve tempo para ir alinhavando exatamente o que queria. Fez todo o planejamento estratégico de seu restaurante natural, que começou pequeno com apenas 28 metros quadrados. Quis enfeitá-lo, começou a pintar os azulejos, uma vez que dominava a técnica na porcelana. Ela acredita que a construção do ambiente, ajudou-a a construir algo dentro dela também. A partir daí, passou a interessar-se mais por decoração, buscando harmonizar o ambiente, tornando-o esteticamente agradável. A arte começou a se fazer presente em sua vida. Não parou nos azulejos, partiu para a louça, montou o cardápio... Tempos depois, com a ampliação do restaurante, tudo isto também ficou maior, e ao procurar um quadro para enfeitá-lo, resolveu pintar um ! Todos os que lhe agradavam eram muito caros. Primeiro pensou no Parque Lage, mas como parece que tudo tem tempo e lugar certos, viu ali um anúncio da professora de pintura a óleo Suzanna Schlemm. Guardou. Pouco tempo depois, passeando em Búzios, passou em frente à galeria de Suzanna e a viu lá dentro !!

    Aquele encontro mudou tudo. Passou a frequentar o ateliê de Suzanna e por três anos se encontrou com as artes plásticas. Com a mudança da professora para São Paulo, passou a pintar sozinha em casa. Programou-se para pintar um quadro por semana e sempre mostrava à Suzanna, por e-mail. Até o dia em que errou, e ao invés de mandar inbox pelo Facebook, mandou para o mural da Mestra. Foi um sucesso !! Passou a postar e o óbvio aconteceu: alguém se interessou e quis comprar. Foi um atrás do outro e aí já não era só a alma de Georgia que voava, mas também sua produção...


Manhã de Domingo


    A rotina de pintar um quadro por semana persiste desde agosto de 2011, seriamente apoiada pela professora que não se cansa de dizer que o resultado vem sempre com 90% de transpiração e 10% de talento. Os quadros voam e a vontade persiste, fazendo, repetindo, refazendo, montando, até achar o tom ideal, o desejado. A atividade é solitária, mas o resultado vem com festa no Facebook. É uma alegria ver um novo quadro da guerreira Georgia, capaz de mexer nos pincéis achando lindos tons de laranja, como em Manhã de Domingo, ou nos mil e um de cinza, como em Manhã Cinza. É impossível ver um de seus quadros sem sentir nada. é uma delícia sentir a emoção, e principalmente o momento que o personagem está vivendo, seja enroscando-se numa cama, espremendo uma laranja para fazer um suco, olhando por uma janela ou passando esmalte.

    Georgia é uma pintora de momentos. Momentos lindos, do cotidiano, que emocionam assim que vemos aquelas pinceladas fortes, que não nos deixam passar os olhos desapercebidamente.


Despertar
                   
Janela




     Agora anda muito feliz por ter ficado com o segundo lugar de um prêmio muito importante, que além do reconhecimento de seu talento, rendeu-lhe também uma quantia em dinheiro. Ela gosta de dizer que o encontro na Rua das Pedras mudou sua vida. A dela e a de todos que podem hoje, parar e deliciar-se com tão bela obra.



    Para ver melhor suas obras é só visitar seu restaurante natural, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Eles estão ali em exposição permanente. Mas só até alguém chegar e se emocionar antes de você...



Natureza Morta

Esmalte

sábado, 6 de julho de 2013

Alexa Archer faz Exposição Coleltiva de seu Escritório de Arte






Dessa vez foi no Jardim Botânico. Alexa resolveu, e conseguiu, reunir um grupo muito interessante de artistas plásticos numa coletiva que se encerrou neste fim de semana. Num ambiente simples e claro, como toda obra merece, reuniu artistas muito diferentes mas, uma vez expostos, pareciam completar uma história, ter um viés qualquer que nos levava por um caminho ou outro, mas sempre descobrindo algo novo.

Eram oito artistas expondo obras entre pinturas e fotografias de temas e lugares variados, de Ipanema à Capadócia, pinturas  muito diferentes entre si e o trabalho de Elzinha Barrozo, que de fotógrafa unipresente passou a brincar com tintas sobre suas próprias fotos e produziu um material muito interesante. A arte erótica de Elza é pop e gótica, nos remetendo a vários     e traduzindo vários sentidos. Quem visita o ateliê da artista não consegue sair de lá como entrou, é sempre arrebatado por um novo olhar e as cores escolhidas para cobrir e ao mesmo tempo recriar suas fotos.


Elzinha Barroso e 





















Maritza Caneca exibiu fotos com um olhar muito particular, interessante e vivo, que iam de Miami à Capadócia

A coletiva de Alexa no JB não passou desapercebida.





Jardim Japonês de Maritza Caneca - Obra Impactante




ai comecar a falar das dunas, dos movimentos circulares, da pequena instalacao, instigante













quem prestigiou,falar da Cris Cordeiro


O marchand Arnaldo Brenha

p

Ana Zangone, Mu e Cristina Borges





Cissa Guimarães e Tina Machado
Luiz D'Orey



O jovem fotógrafo Luiz D'Orey disse a que veio, vendeu quase a totalidade de suas obras e encheu o ambiente de amigos alegres, antenados, que agregaram à alegria da noite, que contou com a presença de estilistas como Cristinna Cordeiro, dona de marca própria e em breve estreando com grande novidade ali mesmo no Jardim Botânico, gente de televisào, teatro, formadores de opinião.






A noite foi super alegre completando o alto astral que Alexa impôs ao escolher e dispor tão bem as obras naquele evento.

Alexandre Archer e Napoleão Lacerda
Adriana Mattoso,  Maritza Caneca e Mario Cohen

















Alexia Deschamps prestigiando a amiga Elza Barrozo

Alexia Archer recebendo Horácio Hernany


Elzinha entre Guto Niemeyer e Felipe Lerena

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Muito prazer, meu nome e Suzanna e...



 

  E assim o primeiro contato com a talentosa pintora figurativa Suzanna Carlota Schlemm. Seja em redes sociais, web sites, ou onde quer que ela se faca presente com sua obra, tao avassaladora quanto sensivel, tao suave quanto forte, cheia de movimento. Pode parecer um mero jogo de palavras, mas duvido que alguem olhe para um dos tanques de carpas e nao as veja realmente em movimento. As cores, o PB, os materiais, tudo e uma surpresa quando se trata dela. Quando pensei ja ter sido devidamente apresentada a sua producao, " achei" uma colecao de roupas, cada peca pintada por ela em sua totalidade, num espaco charmosissimo de Vila Madalena, onde mais?

Carpas - um de seus sucessos


Meu primeiro contato com sua obra foi num grupo muito bem humorado que ela criou no Facebook, junto com a jornalista Veronica Fraga, hoje uma referencia importante no mundo da organizacao. Veronica e blogueira premiadissima de Um Brinco, sempre dando muitas dicas de decoracao, inclusive. As duas juntaram-se e criaram o Pendurest. Sim, uma brincadeira com o Pinterest. A novidade ali eh que, se voce quer ver como uma obra de arte "funciona" em seu ambiente, elas resolvem isto pra voce e lhe mostram dentro do grupo.


Apesar de achar uma grande ideia, tenho de confessar que o que mais me chamou atencao ali, foram seu quadros. Fiquei muito impressionada com a forca de suas personagens, todas de cabelos pretos e longos, que pareciam mexer-se dentro de seus espacos. Uma viagem e tanto. Quando soube que ela usou tecidos como jeans e jersey como telas, fiquei ainda mais interessada.

Pintura sobre tecido estampado

Mas Suzanna nao nasceu com um pincel na mao. Seu caminho se fez pelo vies da publicidade. Formou-se em Comunicacao Social e foi redatora publicitaria por dez anos. Em 2001, mudou-se para a esquina do mundo e tornou-se aluna em tempo integral da Faculdade de Belas Artes New York Studio School, onde foi ganhando varias bolsas de estudo. Quando nao estava la, participou de cursos de desenho, pintura e gravura para nao perder nada do que a cidade poderia lhe oferecer "Quis aproveitar ao maximo a efervescencia da cidade". E parece que absorveu tudo o que pode, pois muda de um tema a outro, revisita imagens ja pintadas e diverte-se tanto com isto a ponto de nao conseguir sair de seu atelier, para nao ter de finalizar o quadro. Este foi o caso desta maravilhosa cena de uma mulher tomando cafe.





tanque de carpas
Hoje suas obras estao espalhadas (ou bem guardadas) em colecoes pelo mundo afora. As mais novas e as proximas, podem ser vistas no seu atelier em Sao Paulo e tambem na Galerra Arterix, na capital paulista. Ela tambem tem uma pequena galeria em Buzios e adora pintar retratos, aceitando encomendas de quem gosta deste tipo tao particular e pessoal de registro.




Entre as exposicoes que ja realizou, considera as mais importantes as coletivas no Centro Cultural dos Correios e no Parque das Ruinas, ambas no Rio. A individual, no Northhampton Center for the Arts, nos Estados Unidos. Ha pouco tempo, ela publicou uma serie de desenhos no livro "Stroke of Genius 3, The best of drawing", da Editora North Light Books.

Suzanna e peculiar tambem na hora da venda. Ja vendeu um Moleskine seu a uma colecionadora encantada com a serie de obras no tradicional caderno dos artistas. Tambem reproduziu alguns, em forma de gravura, colados sobre madeira, dando um efeito muito interessante. As mulheres nuas pintadas em preto e branco em papel corrugado sao outro capitulo; muito bom.

Agora, imagine andar por Vila Madalena, bairro paulistano que a maioria considera o Soho, bairro recheado de belos ateliers e galerias, olhar para uma vitrine e ver uma saia linda, integralmente pintada pela estampa abaixo... E de enlouquecer qualquer mulher que tenha sensibilidade e bom gosto...



Suzanna Schlemm diz : " Eu defino a minha pintura como a mais pura expressao de quem eu sou. Pintar e remexer no nivel mais profundo da gente, onde nao existem palavras, e trazer a tona um universo de imagens e temas que compoem a nossa mitologia pessoal, que nos define. Quando voce olha para uma de minhas pinturas, voce esta olhando diretamente para a minha alma. Nao e preciso dizer nada, e tudo e instantaneamente compreendido. Quando eu pinto, eu me perco nesse mundo silencioso, que pra mim e muito mais eloquente do que o mundo real onde vivemos".




Se voce quer conhecer melhor Suzanna Carlota Schlemm, siga esses links:

https://www.facebook.com/suzannaschlemm?ref=ts&fref=ts

https://www.facebook.com/groups/penduranaparede/

http://www.etsy.com/shop/SuzannaSchlemmStudio?page=3

Nesse ultimo voce vera algumas paginas de Moleskines, a mulher sobre papel corrugado, as carpas, a serie A Pele e o Pano e tudo mais que couber nesse espirito verdadeiramente mergulhado na arte, no equilibrio estetico e sensibilizade de Schlemm.



quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O mundo dentro de um atelie em Minas gerais

     Dinah Verleun nao precisou de muito tempo para entender que nao precisava estar nos lugares para falar deles. Depois de circular por algumas cidades e fixando-se em cada uma delas, desenvolvendo seu trabalho, percebeu que o mais adequado seria voltar para Belo Horizonte e de la prosseguir sua jornada. Nada mais mineiro, diga-se de passagem. E ela estava certa. A celebre frase do russo Leon Tolstoi que diz "Escreve sobre sua aldeia e falaras sobre o mundo" serve perfeitamente para Dinah, hoje confortavelmente instalada em seu Verleun Estudio, em Belo Horizonte.



Ali, ela parece captar tudo, mais inconscientemente, diga-se de passagem. Sabia que e, nao consegue ver a arte sem o uso de materias ecologicamente corretos em toda a diversidade das aplicacoes das artes graficas.

Linda, alta, sexy e languida, Dinah seguiu seu caminho disputando como encantaria mais; se por sua aparencia ousada de artista sofisticada e blase ou se por seu intelecto povoado de milhares de elementos que, vez por outra, devem lhe confundir e querer que ela os deixem sair um pouco, porque a intromissao e muita em seu imaginario...



A estudante que fez apenas um Vestibular, passando direto para a Universidade Federal de Minas Gerais, engatou uma primeira e quis conhecer tudo, trabalhou com muitas coisas ate entender, ou ja entendendo, teimosa que deve ser, que aquela nao seria a sua praia. Mas era necessario conhecer mais ate para saber o que nao queria...




Dinah emociona pela sutileza, pelo que nao e dito, pelo bau de formas e cores que dao a mao ao seu talento, imagino um risco facil. A estampa acima trata-se de um papel de parede. Quando 'descobri' que ela tambem fazia isto, fiquei imaginando onde ele poderia enriquecer minha casa, com tanto bom gosto, sem brigar com mais nada. Inclusive dela...

Quando conheci a papelaria de Dinah  e a identidade visual que ela cria, fiquei muito impressionada pela pluralidade de tendencias e o resultado sempre limpo, curto, na medida do que cada marca realmente precisa. Acima tambem temos dois exemplos desse olhar enxuto. O que mais poderia falar, e tao bem de Ronaldo Fraga?

Vale dar uma olhada em sua pagina no Facebook para ver como seu estilo nao e imposto as marcas e sim, encontra-se com cada uma. Detalhe: todos sao lindos, plasticamente irretocaveis.





Os quadros acima, da colecao Kindness, Gentileza, sao de uma delicadeza que pensei tratarem-se de papelaria...

Ela tambem ousa na decoracao, abusada que e. E claro, acerta. As almofadas abaixo, da mesma colecao, podem ser vistas em seu Estudio Verleun, assim como toda a sua producao.








Dai ela passeia por luminarias bordadas e a louca, que pra mim, sao seu forte. Vivi uma experiencia muito interessante neste particular. Vendo coisas na Internet para uma loja que me contratou para isso, achei, ha cerca de um ano e meio, a louca mais "revolucionaria" que ja havia encontrado. Pernas femininas de botas pretas, poemas, o bege queimado, fiquei muitissimo impressionada. Guardei o link, mas como os computadores pregam pecas constantemente, perdi. Hoje sou a feliz proprietaria do conjunto, que parece que tinha de ser meu... De extremo bom gosto, misturando todos esses elemnetos e cores, e um tom de sofisticacao, simples que e, numa mesa bem posta para agradar e desfrutar com amigos queridos boas horas de conversa com uma das coisas de que mais gosto: cafe.

Ela conta que investiu pesado em software e hardware, que lhe deram suporte para concretizar o que ia no espirito e os deuses da informatica mais uma vez disseram amem.













Quem nao quer tomar cafe com seu amor, pernas dobradas no sofa, segurando esse belo par de canecas?







Enfim, essa e Dinah Verleun, que nao conheco pessoalmente, nao sei o que passa por sua cabeca, mas que atraves de sua arte me fez pensar tudo isto. Cumpriu o papel a que se propos; emocionar pela arte e fazer com que alguem, tao distante dela, geografica e pessoalmente, de formacao diferente, ficasse tao mobilizada pelo que deve sentir ao produzir pecas tao revolucionarias, cheias de personalidade, que entram na vida da gente nao so para enfeitar, mas para deixar feliz quem abre um armario e pega uma xicara linda, acender a luz e ver a luminaria cuidadosamente bordada, escrever uma carta num papel especial, com a cara de quem o encomendou. Esses "pequenos" prazeres, que de pequenos nao tem tanto assim, so poderiam vir de uma alma diferente, como e a  de todos que seguem o caminho da arte.

Escolhi esta foto para terminar o blog, porque deve ser assim que eles se sentem ao final... Em paz por terem trazido coisas tao lindas e impensaveis as nossas vidas e ai poderem descansar um pouquinho ate recomecar tudo de novo...






sábado, 1 de setembro de 2012

Claudia Furlani, nova descoberta

     Ela é moderna, pop e muito contemporanea. Mas para definir Claudia Furlani, eu escolheria uma palavra: divertida. Trata-se de uma artista plástica de muitos recursos, referências e vivências. Captura para seu olhar moderno a essência da pessoa com a qual irá brincar no computador por algumas horas, contextualizando-a perfeitamente com o que gosta, faz ou se emociona.

     Minha experiência, ainda breve com Claudia, foi facílima. Discreta, focada, atenciosa e pronta para ouvir, conseguimos um excelente resultado. Por enquanto só um, mas tenho certeza de que não vamos ficar por aqui.



 Da amiga chique e cheia de classe que mora em Manhattan a um carro antigo, Claudia Furlani parece escolher elementos a esmo, rapidamente mesmo, e juntar tudo com tamanha harmonia, que o resultado é simplesmente perfeito !! Não deve ser assim, mas pra quem está "do lado de cá", parece. Porque a impressão é de que sua arte flui natural e facilmente.
     Encontrei-a no Facebbok, quando um amigo em comum naquela rede social compartilhou uma de suas lindas colagens. Fui atrás da autora e foi como se, ao chegar ao seu perfil e pedir para entrar, eu tivesse saído da assistência de um teatro e abrisse cuidadosa e sorrateiramente a cortina do palco. Ali eu achei um universo muito rico, mostrando-me elementos novos, diferentes e misturados em perfeita harmonia, que me sensibilizavam demais.


A partir daí, o contato foi fácil, cordato e divertido. Porque ela parece não se levar a sério na vida, brincando com o que a cerca. Que mulher, nos dias de hoje, onde o mais importante é sempre falar que pedala não sei quantas horas, faz milhares de abdominais, posa debruçada numa vitrine de cupcakes confessando achá-los deliciosos e colocar em dúvida se sucumbiria à tentação ou não? A Claudia faz isso com um semblante simpaticíssimo, que torna impossível não gostar dela de cara...


     Talvez seu bom humor venha também do fato de trabalhar enquanto os outros dormem... Enquanto todos reclamam do stress de São Paulo, ela ri.




     Agora ela se prepara para expor alguns trabalhos numa coletiva em São Paulo que estará em cartaz até dia  6 de outubro proximo. Organize-se e vá ver Claudia Furlani em estado puro. Eu pretendo acompanhá-la daqui pra frente e ver o que essa artista tão adequada quanto sensível, vai realizar daqui pra frente.

     Quem sabe mergulhar em um de seus quadros quase lisérgicos e sentir-se realmente tocada pela arte. Esta é uma das melhores sensações que só eles podem nos proporcionar...

domingo, 8 de julho de 2012

E assim eu descobri uma artista



          Até hoje, e cada vez mais, estranho muito quem faz críticas às redes sociais, ao Facebook em especial, no que toca o distanciamento das pessoas. Parece o samba de uma nota só: ele afasta, a pessoa não vive.
          Minha experiência é bastante diferente. Ampliei meu network, descobri uma nova forma de navegar na rede, encontrei pessoas inteligentíssimas, algumas que não encontraria pessoalmente, reencontrei colegas de colégio e do meu passado, com certeza o maior ganho. Nesse intervalo de tempo, de minha época de colégio até aqui, muita coisa mudou. Da TV a cores à Internet num piscar de olhos. Com isso, foi ótimo encontrar, por exemplo, a Patricia Freire, canhotinha que sentava-se ao meu lado direito no segundo grau, sim, eu sou deste tempo. Marcamos, tomamos muito café e foram horas de uma conversa deliciosa.
          Ao visitar seu perfil, vi que ela curtia uma joalheira que não era main stream. Patricia nunca foi main stream, apesar de hoje ser uma artista reconhecida internacionalmente, ter morado fora, sua galeria ser em Bilbao e seus quadros valorizadíssimos. Sempre talentosa, ela chegou lá. Em nosso tempo de colégio era chamada de alternativa.
          Pois bem, fui atrás da tal página curtida de Deborah Netto - Arte Desiderata. Quando cheguei lá, descobri muita coisa, até do que se tratava a última palavra, que eu não tinha idéia. Mas o melhor foi que achei uma artista, formada em Belas Artes pela UFRJ, que além de premiada, de ter várias lindas aquarelas, estava agora nadando nas águas da joalheria, do fazer desde o nada, de criar tudo, de encantar a todos.


                   

          Fiquei apaixonada por suas mandalas e acabamos nos falando e eu ouvi a história de todo o processo de criação e confecção. Os acidentes, a delícia de encarar a peça pronta depois de polida. Fui ver seu web site, que é em conjunto com seu marido, Marcelo Duprat, conhecido intelectual das artes da UFRJ, que no momento está naquele grupo de Mestres torturados por Mr. Dilma, que acaba de ter 149% de aumento. Mas, coisas do Brasil, eles continuam fazendo coisas lindas !! E foi na home deste site que encontrei a aquarela postada no início desta página. Bati o olho e pensei logo em Monet.



          Depois disso tudo, de uma conversa pra lá de solta, animada e alegre com esta autora de coisas lindas, resolvi publicar aqui tudo o que achei e deixar uma pergunta no ar, que pode ser respondida nos comentários...

          O Facebook nos afasta mesmo das pessoas?